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ENEM 2021 - Questão 34

23 de novembro de 2021

ENEM 2021

Intenso e original, Son of Saul retrata horror
do holocausto

Centenas de filmes sobre o holocausto já foram
produzidos em diversos países do mundo, mas nenhum
é tão intenso como o húngaro Son of Saul, do estreante
em longa-metragens László Nemes, vencedor do Grande
Prêmio do Júri no último Festival de Cannes.

Ao contrário da grande maioria das produções
do gênero, que costuma oferecer uma variedade de
informações didáticas e não raro cruza diferentes pontos
de vista sobre o horror do campo de concentração, o
filme acompanha apenas um personagem.

Ele é Saul (Géza Róhrig), um dos encarregados de
conduzir as execuções de judeus como ele que, por um
dia e meio, luta obsessivamente para que um menino
já morto — que pode ou não ser seu filho — tenha um
enterro digno e não seja simplesmente incinerado.

O acompanhamento da jornada desse prisioneiro é
no sentido mais literal que o cinema pode proporcionar:
a câmera está o tempo todo com o personagem, seja
por sobre seus ombros, seja com um close em primeiro
plano ou em sua visão subjetiva. O que se passa ao seu
redor é secundário, muitas vezes desfocado.

Saul percorre diferentes divisões de Auschwitz à
procura de um rabino que possa conduzir o enterro
da criança, e por isso pouco se envolve nos planos de
fuga que os companheiros tramam e, quando o faz,
geralmente atrapalha. “Você abandonou os vivos para
cuidar de um morto”, acusa um deles.

Ver toda essa via crucis é por vezes duro e exige certa
entrega do espectador, mas certamente é daquelas
experiências cinematográficas que permanecem na
cabeça por muito tempo.

O longa já está sendo apontado como o grande
favorito ao Oscar de filme estrangeiro. Se levar a
estatueta, certamente não faltará quem diga que a
Academia tem uma preferência por quem aborda a
2º Guerra. Por mais que exista uma dose de verdade
na afirmação, premiar uma abordagem tão ousada e
radical como Son of Saul não deixaria de ser um passo à
frente dos votantes.

CartaCapital n.873,220u1 2015

A resenha é, normalmente, um texto de base argumentativa. Na resenha do filme Son of Saul, o trecho da sequência argumentativa que se constitui como opinião implícita é

a) “[..] do estreante em longa-metragens Lászió Nemes,
vencedor do Grande Prêmio do Júri no último Festival
de Cannes”.

b) “Ele é Saul (Géza Rôhrig), um dos encarregados de
conduzir as execuções de judeus [..]”.

c) “[...Ja câmera está o tempo todo com o personagem,
seja por sobre seus ombros, seja com um close [...)”.

d) “Saul percorre diferentes divisões de Auschwitz à
procura de um rabino que possa conduzir o enterro da
criança [....

e) “[..] premiar uma abordagem tão ousada e radical como
Son of Saul não deixaria de ser um passo à frente dos
votantes”.

 

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RESPOSTA: E

RESOLUÇÃO COMENTADA:

O trecho da sequência argumentativa que constitui uma opinião implícita é “[...] premiar uma abordagem tão ousada e radical como Son of Saul não deixaria de ser um passo à frente dos votantes”. As demais alternativas contêm apenas fatos, sem a opinião de quem escreveu a resenha.

Fonte do post em: COC

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